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Acusação de corrupção é um golpe para esperança de Sarkozy de retornar ao poder

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Por GREGORY BLACHIER E GÉRARD BON
Atualização:

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi acusado formalmente nesta quarta-feira por suspeitas de que tentou usar a sua influência para obstruir uma investigação de sua campanha eleitoral de 2007, disse a promotoria. O processo, que nem sempre leva a julgamento, é um grande revés para as esperanças de Sarkozy de um retorno ao poder, depois de sua derrota em 2012 para o rival socialista François Hollande. O político conservador nega qualquer irregularidade em uma série de investigações em que seu envolvimento direta ou indiretamente lança dúvidas sobre a sua viabilidade como candidato nas eleições de 2017. Ele deve dar uma entrevista na TV às 20 horas na França (15 horas em Brasília). Magistrados estão analisando se Sarkozy usou sua influência para conseguir informações sigilosas de um inquérito sobre supostas irregularidades em sua campanha vitoriosa de 2007. Ele é suspeito de tráfico de influência, corrupção ativa, e de se beneficiar da violação de sigilo profissional, disse a promotoria. Primeiro ex-presidente francês a ficar preso, Sarkozy, de 59 anos, foi detido por 15 horas para interrogatório na terça-feira antes de ser transferido para se apresentar a magistrados que vão conduzir o inquérito. Ele foi então libertado sem fiança. Sarkozy "passou por outras provas dessa natureza, ele sempre soube como lutar", disse Paul-Albert Iweins, o advogado do próprio advogado de Sarkozy, Thierry Herzog, que também está sendo investigado por tráfico de influência, junto com um juiz envolvido no caso. Iweins disse que o inquérito é fraco, uma vez que contou com escutas telefônicas legais questionáveis ??de conversas entre Sarkozy e Herzog, bem como entre Herzog e o presidente da Ordem dos Advogados francesa. Aliados de Sarkozy lançaram dúvidas sobre a imparcialidade de um dos juízes de instrução e Christian Estrosi, prefeito de Nice, disse à rádio estatal France Info que o governo de Hollande havia construído "uma atmosfera de ódio". O primeiro-ministro Manuel Valls rejeitou as alegações de que se tratou de uma armação.

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