
12 Maio 2012 | 12h19
"Se os gregos têm ideia do que poderíamos fazer a mais para promover o crescimento, nós sempre podemos conversar e pensar sobre isso" afirmou Schaeuble, segundo a publicação. "Mas, no final, trata-se de tornar a Grécia competitiva novamente, permitindo que a economia cresça e abrindo caminho de novo para os mercados financeiros".
"Isso requer que as reformas fundamentais, pactuadas, sejam realizadas, do contrário o país não tem perspectivas."
Na sexta-feira, a Alemanha informou que apoiava um "pacto de crescimento" europeu, num esforço para conter as críticas de que sua insistência na austeridade agravou a crise da dívida grega.
Mas as autoridades alemãs também disseram à Grécia que a permanência na zona do euro é sua única opção e que o país não pode deixar a austeridade de lado se pretende obter recursos internacionais.
"Posso entender bem os gregos… eles estão sofrendo muito. Não há caminho confortável para a Grécia", declarou o ministro. "Não há solução melhor. A Grécia tem de mostrar agora se tem o poder para obter as maiorias necessárias para isso."
TURBULÊNCIA
A Grécia mergulhou em um período turbulento depois que a extrema esquerda e a extrema direita obtiveram bons resultados na eleição geral, na qual os partidos até então dominantes - e que apóiam o doloroso pacote de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional -perderam a maioria no Parlamento.
Mas a Alemanha, principal contribuinte da zona do euro, e a Comissão Europeia têm repetidamente insistido que a Grécia tem de prosseguir com os aumentos de impostos e cortes de despesas públicas se quiser continuar a receber recursos, como parte do pacote de ajuda de 130 bilhões de euros.
Schaeuble afirmou que a Alemanha não quer que a Grécia deixe a zona do euro, mas também não poderia forçar o país a permanecer no bloco monetário.
"Claro que não queremos que a Grécia saia. Isso está muito claro e é algo inequívoco. Mas nós seríamos um governo estranho se não estivéssemos no preparando para todos os cenários imagináveis, para então estarmos aptos a conduzi-lo, incluindo situações que não seriam fáceis para a Europa."
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