Alemanha culpa rebeldes pró-Rússia por queda de avião da Malaysia Airline

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Por Redação
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A agência de inteligência externa da Alemanha BND concluiu que os rebeldes pró-Rússia são os culpados pela derrubada do voo MH17 da Malaysia Airline na Ucrânia, em julho, afirmou a revista semanal Der Spiegel neste domingo, a primeira agência europeia a fazer tal afirmação. A queda em território controlado pelos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia em 17 de julho matou todos os 298 passageiros e tripulantes e levou a uma maior deterioração das relações entre o Ocidente e o governo russo, que estão em disputa sobre o papel da Rússia na crise ucraniana. O presidente da agência alemã, Gerhard Schindler, disse a uma comissão parlamentar secreta sobre assuntos de segurança no início deste mês que os separatistas tinham usado um sistema de defesa antimísseis russo Buk em uma base ucraniana para disparar um foguete que explodiu perto do avião da Malaysia Airline, segundo a Der Spiegel. "Foram os separatistas pró-russos", disse ele, de acordo com a revista. A agência concluiu que os rebeldes eram os culpados após uma análise detalhada com base em fotos de satélite e de outras fontes, disse a Der Spiegel. Ninguém na agência estava imediatamente disponível para comentar o assunto. Kiev culpa os rebeldes pelo incidente e acusa Moscou de armá-los, mas os rebeldes e Moscou negam as acusações. Os governos europeus têm evitado até agora culpar alguém, mas logo depois da queda, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que havia fortes evidências de que os separatistas apoiados por Moscou tinham derrubado o avião. O governo holandês, que tem duas investigações em curso sobre a derrubada do avião, ainda tem de determinar quem foi o responsável. Dois terços dos passageiros eram holandeses. Um relatório preliminar do Conselho de Segurança da Holanda afirmou no mês passado que o avião caiu devido a um "grande número de objetos de alta energia" do lado de fora da aeronave, mas não chegou a conclusões sobre a origem deles. (Por Madeline Chambers, com reportagem adicional de Thomas Escritt, em Amsterdã)

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