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Alemanha pede reunião do Conselho da ONU sobre a Síria

Pedido ocorre após massacre de pelo menos 80 pessoas por tropas sírias na cidade de Hama

Atualização:

NAÇÕES UNIDAS - A Alemanha solicitou na noite de domingo uma reunião do Conselho de Segurança para esta segunda-feira para discutir o agravamento da violência na Síria, disse um porta-voz para a missão alemã na Organização das Nações Unidas.

 

 

 

O pedido foi feito depois que um grupo de direitos humanos divulgou a morte de 80 pessoas na cidade de Hama, consequência da invasão de tropas governamentais no domingo para reprimir protestos. As manifestações faziam parte de uma revolta contra o presidente Bashar al-Assad que já dura cinco meses.

A Alemanha tinha um assento rotativo na presidência do Conselho de Segurança até a meia-noite de domingo, posição que será assumida em seguida pela Índia, por um período de um mês. O porta-voz alemão Alexander Eberl disse que sua missão havia solicitado à missão da Índia o agendamento de consultas fechadas do conselho para segunda-feira, e que provavelmente ocorreriam à tarde. Ações práticas do Conselho sobre a Síria foram paralisadas durante semanas por conta de desacordos entre os 15 países integrantes do grupo. Países da Europa Ocidental fizeram circular o esboço de uma resolução em 8 de junho que condenaria a repressão contra os manifestantes, mas a Rússia e a China, aliadas da Síria, ameaçaram vetar a proposta. Os membros temporários do conselho, o Brasil, a Índia, Líbano e Síria, também disseram que não apoiariam a resolução. Eles dizem temer que mesmo uma simples condenação poderia ser o primeiro passo rumo a uma intervenção militar do Ocidente na Síria, como ocorreu na Líbia em março. Nesta segunda-feira a Alemanha pediu que Assad coloque um fim na violência contra manifestantes. "A chanceler (Angela) Merkel condena veementemente a ação do governo sírio contra sua própria população civil", disse o porta-voz Christoph Steegmans. "Ela pede explicitamente ao presidente Assad para suspender a violência contra seu povo imediatamente", acrescentou a jornalistas em uma coletiva de imprensa.

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