09 de fevereiro de 2015 | 17h47
Tsipras, no primeiro grande discurso ao Parlamento, no domingo, expôs planos para desmontar o programa de austeridade da Grécia, descartou qualquer extensão do resgate internacional de US$ 240 bilhões e prometeu buscar reparações de guerra de Berlim.
A exigência por compensação, renovada por um governo grego anterior, em 2013, mas nunca perseguida, foi completamente rejeitada pelo vice-chanceler e ministro da Economia alemão, Sigmar Gabriel.
"A probabilidade é zero", disse Gabriel ao ser perguntado se a Alemanha faria tais pagamentos à Grécia, acrescentando que um tratado assinado 25 anos atrás já havia resolvido todas as solicitações do tipo.
Alemanha e Grécia compartilham um passado complexo, o que tem prejudicado os debates sobre a dívida grega.
A Grécia foi ocupada por tropas alemãs durante a 2.ª Guerra, tema que ressurgiu desde que o país tem sido forçado a passar por duras reformas em troca do resgate financeiro bancado parcialmente por parceiros da zona do euro.
Muitos gregos têm culpado a Alemanha, maior economia da zona do euro, pela austeridade, provocando a reanimação de uma demanda que parecia esquecida contra a Alemanha por bilhões de euros em reparações de guerra.
Como parte de um apelo mais amplo à Europa por solidariedade, o ministro das Finanças grego sugeriu que seja feito um paralelo entre a Grécia e o avanço do nazismo na Alemanha falida dos anos 1930, fazendo referência ao partido grego Aurora Dourada, de ultradireita./ REUTERS
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