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Apesar de ataque, França se diz pronta para iniciar saída do Mali

Atualização:

A França continua pronta para iniciar em março a retirada das suas forças do Mali, apesar de um ataque sofrido por seus militares na cidade de Gao, no norte do país africano, disse nesta sexta-feira o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas. O almirante Edouard Guillaud disse a jornalistas após um discurso em Ottawa que não se surpreendeu com o ataque de quinta-feira em Gao, que resultou na morte de 15 militantes islâmicos por forças francesas e malinesas. Antes, o ministro francês da Defesa havia dito que Paris poderia começar a retirar suas forças no início de março. Guillaud disse que esse cronograma "obviamente se baseia nas condições ..., mas não vejo razão para não iniciar alguma retirada". A França enviou tropas ao Mali em janeiro para conter o avanço de militantes rebeldes que desde o ano passado dominavam todo o norte do país africano. Há agora cerca de 4.500 soldados franceses estacionados no país. Guillaud, em comentários iniciais à Reuters, atribuiu o ataque de quinta-feira ao grupo islâmico MUJWA, uma dissidência da Al Qaeda norte-africana. Essa facção controlou Gao até ser expulsa de lá no mês passado pelas forças francesas. Para o comandante, novos ataques ainda devem ocorrer nos próximos dias. "Era tristemente previsível, e os próximos ataques vão fracassar assim como ontem." Também nesta sexta-feira, cinco pessoas morreram em dois ataques com carros-bombas realizados por militantes islâmicos contra rebeldes autonomistas tuaregues do grupo MNLA em uma remota cidade malinesa na fronteira com a Argélia, segundo um porta-voz do MNLA. (Reportagem de David Ljunggren)

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