Após 24 anos, reator de Chernobyl ainda é ameaça, diz líder ucraniano

No dia do aniversáiro da explosão nuclear, vítimas pedem melhores compensações

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Atualização:

KIEV - O presidente da Ucrânia alertou nesta segunda-feira, 26, aniversário do pior acidente atômico do mundo, que o reator nuclear de Chernobyl continua a ser uma séria ameaça para a Europa.

 

Veja também:mais imagens Imagens das homenagens as vítimas de Chernobyl

 

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A explosão do reator em 1986 mandou uma nuvem de radiação sobre a Europa e severos problemas de saúde persistem depois de 24 anos. O presidente ucraniano Viktor Yanukovych disse que cerca de 2 milhões de pessoas sofrem de doenças causadas pela radiação.

 

O reator está recoberto por uma casca metálica, atualmente em deterioração, e o trabalho de reposição dessa proteção está muito atrasado. Yanukovych disse durante uma cerimônia nesta segunda-feira que o reator é uma ameaça "não apenas para a Ucrânia, mas para a Europa, Rússia e Bielo-Rússia". A radiação deixou partes da Ucrânia e da Bielo-Rússia inabitáveis.

 

Yanukovych colocou flores no monumento às vítimas da explosão em Chernobyl. Ele prometeu um melhor tratamento para as vítimas de Chernobyl e para aquelas que ainda sofrem com doenças relacionadas, dizendo que esse é um assunto de "consciência e honra".

 

O primeiro-ministro Mykola Azarov prometeu um melhor tratamento médico, maiores pensões e acomodação.

 

Em Kiev, um padre ortodoxo rezou perto de um monumento às vítimas de Chernobyl em frente a centenas que se aproximavam para pagar tributo aos que haviam morrido. Alguns deles reclamaram das compensações e tratamentos inadequados para aqueles que adoeceram depois de participar da limpeza do local.

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"Nós perdemos nossa cidade, nós perdemos tudo. Toda vez as autoridades prometem aumentar nossas pensões, mas eles sempre mentem", disse Serhiy Krasylnikov um antigo trabalhador a fábrica que atualmente lidera um sindicato distrital de vítimas de Chernobyl.

 

Uma marcha foi planejada para a noite de hoje na Bielo-Rússia. Nos anos anteriores, grupos de oposição usaram marchas não sancionadas para protestar contra o governo autoritário. Neste ano, autoridades sancionaram a marcha.

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