
18 de março de 2009 | 16h15
Tim Kretschmer, o jovem de 17 anos que há uma semana assassinou 15 pessoas em um colégio de Winnenden e em uma concessionária de automóveis de Wendlingen antes de se suicidar, cometeu o massacre "por gosto e diversão". As declarações foram feitas em entrevista à revista "Stern" por Igor Wolf, o motorista do automóvel que Kretschmer sequestrou por quase duas horas para ir de uma cidade a outra e que foi a única pessoa com a qual falou antes de cometer o massacre.
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Wolf dá a entender que evitou uma tragédia maior, já que o jovem pretendia ir a outros colégios para continuar matando estudantes e professores. "Você acha que encontraremos outro colégio?", teria perguntado o adolescente quando já tinha subido no automóvel, um Volkswagen Sharan, e Wolf afirma ter mudado de assunto.
O motorista foi feito refém às portas do hospital psiquiátrico de Winnenden, onde esperava a esposa, pouco depois que o jovem matou a tiros nove alunos e três professoras do colégio Albertville, assim como um jardineiro no parque do centro de saúde mental. O sequestrado conta que o adolescente abriu a porta de trás do lado direito do veículo, sentou-se atrás dele, colocou a arma em sua cabeça e gritou: "dirige rápido."
"Já matei 15 pessoas em meu antigo colégio e isso não foi tudo por hoje", o adolescente teria dito a Wolf, que acrescenta que, aparentemente, Tim Kretschmer não sabia o número exato de vítimas. Durante a viagem e enquanto estava sob a mira da arma, o jovem ia carregando a pistola com a mão esquerda, explica o sobrevivente do massacre em um trecho da entrevista antecipado pela "Stern" em sua edição desta quinta-feira.
"Está se preparando para o próximo tiroteio, pensei no momento", ressaltou Wolf, que afirmou que, durante a viagem, o jovem perguntou insistentemente se sabia onde havia outros colégios.
"Para distraí-lo, perguntei para onde queria ir, para onde queria que eu dirigisse", conta, que afirma ter perguntado ao adolescente por que estava cometendo o massacre. "Ele respondeu bem alto: 'por gosto, por diversão'", afirmou o refém, que escapou do sequestrador quando chegavam a Weidlingen, ao dirigir seu veículo em uma curva em direção à beirada e se jogar do automóvel em andamento.
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