Ativista de direitos humanos é encontrada morta na Chechênia

Natalia Estemirova investigava abusos de direitos humanos na Chechênia desde 1999

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Por Reuters e Associated Press
Atualização:

A ativista chechena de direitos humanos Natália Estemirova foi encontrada morta nesta quarta-feira, 15, na região de Ingushetia, na fronteira ocidental da Chechênia, horas depois de ter sido sequestrada, informaram autoridades locais. Natalia investigava sequestros, assassinatos e outros abusos de direitos humanos no país desde 1999.

 

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Segundo agências de notícias russas, policiais chechenos disseram que o corpo da ativista foi encontrado pela tarde não muito longe de Nazran, a principal cidade da região da Ingushetia, com dois tiros na cabeça.

 

Oleg Orlov, o presidente da organização de Natalia, a Memorial, havia informado anteriormente que quatro homens haviam forçado a ativista a entrar em um carro em Grozny, capital do país. Segundo testemunhas, os gritos de Natalia puderam ser ouvidos.

 

Além das lutas nos direitos civis, Natalia também fazia investigações junto da jornalista Anna Politkovskaya, outra crítica da guerra da Rússia contra nações separatistas do Cáucaso. Anna foi assassinada em 2006 em eu apartamento em Moscou.

 

A ativista também trabalhava com Stanislav Markelov, advogado que lutava contra os abusos de direitos humanos na Chechênia, morto nas ruas de Moscou em janeiro.

 

Repercussão

 

O presidente da Rússia, Dmitri Medveded, se disse ofendido pelo assassinato de Natalia e ordenou uma investigação sobre o caso, informou sua porta-voz.

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"A notícia foi passada ao presidente, que se disse ofendido e tomou as medidas apropriadas junto do chefe da comissão de investigações, Alexander Bastrykin", disse Natalya Timakova, funcionária de Medveded.

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