Berezovksy vence processo contra emissoras russas em Londres

Oligarca russo foi acusado de participar do evenenamento do ex-agente da KGB Alexander Litvinenko em 2000

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Por Associated Press
Atualização:

O oligarca russo exilado Boris Berezovsky venceu nesta quarta-feira, 10, um processo contra uma emissora russa que o acusou de planejar o assassinato do ex-agente da KGB Alexander Litvinenko em Londres.

 

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Berezovsky, de 64 anos, processou a televisão estatal russa e a rádio RTR por um programa que o acusava de estar por trás do envenenamento do ex-agente Litvinenko. Na audiência final, o juiz David Eady disse que "não há evidências que Berezovsky tenha qualquer participação no assassinato de Litvinenko" e que "logo, não há base para nenhuma acusação contra ele". Berezovsky receberá cerca de US$ 225 mil de indenização.

 

Por meio de comunicado, Berezovsky, presente no julgamento, se disse satisfeito pela decisão da corte, que "inequivocadamente desmontou as acusações da RTR". A emissora não foi à audiência e a considerou ilegal. De Moscou, a advogada representante da rádio, Zoya Matviyevskaya, disse que a companhia "não reconhece a decisão da corte" e está pronta para levar o caso à Corte Europeia de Direitos Humanos em Estrasburgo.

 

A emissora também reclamou que Eady julgou o caso sem um júri, situação pouco comum no Reino Unido. Na semana passada, a RTR pediu que o caso fosse arquivado, alegando que o sistema judiciário britânico pediu que fosse revelada a verdadeira fonte das informações, o que se recusou a fazer.

 

Litvinenko foi morto em novembro de 2006m quando recebeu uma dose letal do radiativo isótopo polônio-210 quando tomava chá com o também ex-agente da KGB Andrei Lugovoi em um hotel de Londres.

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O ex-agente fugiu da Rússia em 2000 depois de acusar oficiais de tentarem envolvê-lo em um plano para assassinar Berezovsky. Em Londres, próximo de sua morte, Litvinenko acusou o Kremlin de orquestrar seu envenenamento, e a Polícia britânica colocou Lugovoi como o principal suspeito do caso. A Rússia, porém, se recusou a extraditar Lugovoi, agora um deputado da coalizão governista no país.

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