Berlusconi garante que não renunciará se for condenado

Premiê italiano deu declaração a jornalista que escreve livro sobre as polêmicas nas quais está envolvido

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Por Efe
Atualização:

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirma que não renunciará caso seja condenado em algum dos dois processos que estão abertos contra ele. Berlusconi fez esta afirmação em entrevista ao jornalista italiano Bruno Vespa, contida no livro "Donne di Cuori", do qual a imprensa antecipou neste sábado, 31, alguns trechos.

 

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"Se chegasse uma condenação nestes processos, estaríamos diante de uma alteração da realidade, por isso me sentiria no dever de permanecer em meu posto para defender a democracia e o estado de direito", explica Berlusconi. O primeiro-ministro da Itália acrescenta que ainda tem "confiança na existência de magistrados sérios que emitam sentenças sérias, baseadas em fatos reais".

 

Com relação à recente sentença que condena o ex-advogado David Mills por falsificar a favor de Berlusconi seu testemunho em dois julgamentos, o líder e empresário italiano responde que tem certeza de que o veredicto "será cancelado pela Corte Suprema".

 

O Tribunal de Apelação ratificou, em 27 de outubro, a sentença que condena Mills a quatro anos e seis meses de prisão por ter recebido US$ 600 mil do grupo empresarial de Berlusconi, a Fininvest, para que falseasse seu testemunho em dois processos contra ele e nos quais o primeiro-ministro foi absolvido.

 

Após a invalidação pelo Tribunal Constitucional da lei que dava imunidade aos quatro altos cargos do país e impedia que pudessem ser processados, o primeiro-ministro terá que enfrentar os dois julgamentos contra ele.

 

Berlusconi também fala no livro do que define como uma "campanha contra ele" na imprensa internacional, e explica que "tudo começou pelo diário La Repubblica e o semanal L'Espresso e se estendeu depois a todos os jornais e jornalistas amigos (deste grupo editorial)". "Com a intenção de jogar lama sobre mim, acabou-se jogando lama sobre nosso país e nossa democracia", acrescenta Berlusconi.

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