Bispo irlandês renuncia após acobertar abusos sexuais

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Um bispo irlandês criticado pelo modo como lidou com os relatos de abusos sexuais de crianças por parte de padres católicos na diocese de Dublin renunciou ao posto, informou o Vaticano nesta quinta-feira. Ele é o primeiro bispo irlandês a abandonar o posto desde a publicação, no mês passado, de um relatório incriminador afirmando que líderes da Igreja na Irlanda, país majoritariamente católico, acobertaram abusos de crianças por parte de padres durante 30 anos. "Eu humildemente peço desculpas mais uma vez a todos os que sofreram abusos quando crianças", disse, acrescentando que sua renúncia não "poderia desfazer a dor" dos sobreviventes. Fontes da Igreja disseram que vários bispos mencionados no relatório devem renunciar em breve. Murray serviu por 14 anos, até 1996, como bispo auxiliar na arquidiocese de Dublin antes de ser apontado para a diocese de Limerick. O comunicado do Vaticano não mencionava o escândalo, mas dizia que o papa Bento 16 havia aceitado a renúncia de Murray segundo uma cláusula da Lei Canônina, que pede que os bispos deixem seus cargos se não puderem cumprir suas obrigações por uma "razão grave".

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