
30 de março de 2010 | 10h50
SEDGEFIELD - O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair entrou na acirrada campanha eleitoral britânica nesta terça-feira, 30, para covencer o eleitorado a não deixar de apoiar o Partido Trabalhista, que há 13 anos ocupa o poder.
O ex-premiê liderou os trabalhistas em três vitórias eleitorais sobre os conservadores, a partir de 1997. Mas, após uma década no cargo, renunciou em meados de 2007, cedendo a liderança a Gordon Brown, que disputa um inédito quarto mandato trabalhista na eleição prevista possivelmente para 6 de maio.
Contar com a ajuda de Blair é uma estratégia arriscada para o partido governista. O ex-premiê é carismático em campanhas, mas muitos eleitores ainda se lembram com irritação sua decisão de ter colocado o Reino Unido na guerra do Iraque.
As pesquisas apontam uma liderança da oposição conservadora, mas por uma margem que vem caindo desde janeiro. A maioria dos levantamentos agora considera que nenhum partido obterá maioria absoluta no Parlamento, o que cria grandes chances de que Brown permaneça no poder.
Voltando ao distrito de Sedgefield, no norte da Inglaterra, que ele representou no Parlamento durante 24 anos, Blair elogiou a forma como Brown conduziu o país durante a crise econômica, com "experiência, juízo e ousadia".
Há uma década, Blair e Brown mantêm uma relação estreita, mas não isenta de entreveros. Brown foi o poderoso ministro de Finanças durante a década de Blair no poder, e era um segredo amplamente sabido que Blair havia prometido transferir o comando a Brown em algum momento - o que provocou infinitas tensões dentro do governo.
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