
02 de março de 2008 | 15h02
Pesquisas de boca-de-urna divulgadas neste domingo, 2, após o encerramento das eleições presidenciais da Rússia afirmam que o candidato apoiado pelo governo, Dmitry Medvedev, venceu o pleito com cerca de 67,4% dos votos. Alguns institutos chegam a afirmar que o candidato do partido Rússia Unida atingiu até 70% dos votos. Veja também: Prosperidade sustenta poder do presidente País voltou a ser potência com Putin Entenda o processo eleitoral na Rússia Segundo informações da Comissão Eleitoral Central (CEC), foram convocados quase 109 milhões de cidadãos e a uma hora do fechamento das urnas, a participação do eleitorado era de 60%. Para garantir a legitimidade do candidato eleito, o Kremlin esperava obter, pelo menos, a mesma porcentagem registrada nas eleições parlamentares de dezembro, cerca de 63%. O candidato comunista Guennadi Zyuganov teria conseguido cerca de 19,8%, seguido pelo ultranacionalista Vladímir Yirinovski, com 12,74%, o quarto colocado seria Andréi Bogdánov, com 1,5% dos votos. Segundo os primeiros resultados oficiais divulgados pel Comissão Eleitoral, Medvedev recebeu 68,19% dos votos, com cerca de 50% das urnas apuradas. Os primeiros postos de votação foram abertos às 8 horas de domingo (17h de sábado, em Brasília) no extremo leste do país e foi encerrada apenas às 16 horas (horário de Brasília), já que o país tem 11 fusos horários. O líder comunista Gennady Ziugánov e o ultranacionalista Vladimir Jirinovski, segundo e terceiro mais votados de acordo aos primeiros dados da apuração das eleições presidenciais realizadas na Rússia, contestarão a validade dos resultados oficiais. "Já tenho preparada uma lista de 200 violações", anunciou Ziugánov em sua primeira reação ao anúncio das contagens preliminares. Segundo os dados em seu poder, disse, o voto comunista foi de "não menos de 30%", por isso "os resultados preliminares confirmam as irregularidades". O excêntrico político ultranacionalista, por sua vez, afirmou que não reconhece os resultados das eleições e apelará na Justiça. "Estou convencido que sou o vencedor e tudo isto (os resultados anunciados) é falso", disse. Segundo ele, na Rússia não houve eleição, "mas mera ratificação do presidente designado", em alusão ao favorito das eleições. Ao votar em Moscou, Medvedev afirmou que "a primavera chegou – apesar de estar chovendo, uma nova estação chegou". Ele prometeu, se eleito, indicar Putin para o cargo de primeiro-ministro. Muitos analistas acreditam que, com isso, o atual presidente se manterá como uma figura importante no governo russo.
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