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Britânicos perdem direito de manter filho doente vivo

Juiz decidiu, na última quinta-feira, pela retirada do sistema que a mantém artificialmente com vida

Atualização:

Os pais de uma criança de nove meses, vítima de um estranho transtorno metabólico que afetou gravemente seu cérebro e causa problemas respiratórios, perderam uma disputa nos tribunais do Reino Unido para prolongar a vida de seu filho.

 

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O casal britânico perdeu o recurso contra o veredicto dado na quinta-feira por um juiz que opinou que o melhor a ser feito pela criança seria tirar o sistema que a mantinha artificialmente com vida, segundo informa neste sábado a rede de TV local "BBC".

 

Os pais se declararam "profundamente afligidos com a decisão judicial e se mostraram convencidos de que valia a pena preservar a vida da criança".

 

"Estamos e seguiremos sempre convencidos de que, apesar dos gravíssimos problemas que sofre, sua vida é valiosa e vale a pena conservá-la o tempo que for possível e sempre que não lhe cause dor indevida", afirmaram os britânicos em comunicado. Os pais destacaram as diferenças de opinião que têm com os médicos que tratam a criança.

 

"Eles acham que sua vida é insuportável e que sua incapacidade é tal que não faz sentido que siga vivo, mas nós, e algumas das enfermeiras, achamos que é capaz de ter prazer e que há momentos prolongados em que não sofre dor e está relaxado", conta o casal na nota.

 

Os pais reconheceram que os médicos decidiram pôr fim ao tratamento nas próximas 24 horas e que agora só querem aproveitar com seu único filho "o pouco tempo" de vida que lhe resta. O hospital onde a criança é tratada chegou à conclusão de que ela sofria de dores intoleráveis por culpa do tratamento e que não tinha possibilidade alguma de recuperação.

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