Centro-esquerda italiana pode precisar de Monti para governar, dizem pesquisas

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A centro-esquerda está a caminho de vencer as eleições da Itália, mas pode ter de formar uma aliança com o atual primeiro-ministro, Mario Monti, para governar, mostraram nesta sexta-feira as últimas pesquisas antes da votação de 24 e 25 de fevereiro. Pesquisas publicadas antes da entrada em vigor da proibição anterior à votação mostraram em sua maioria que Pierluigi Bersani, do Partido Democrata, ainda está cinco pontos ou mais à frente, apesar de um escândalo sobre um banco ao qual ele está ligado e ao ressurgimento do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. As pesquisas mostraram um grande grupo de eleitores indecisos, que poderiam mudar o quadro nas duas últimas semanas, mas a maioria das pesquisas confirma as previsões de que Bersani ficaria com uma apertada maioria no Senado e precisaria de um aliado para governar, com Monti sendo o candidato mais provável. Bersani parece estar garantido para obter uma maioria confortável na Câmara, onde ele só precisa ficar em primeiro lugar para ganhar um grande número de assentos. Uma pesquisa ISPO para o jornal Corriere della Sera mostrou a centro-esquerda com 37,2 por cento das intenções de voto, em relação a 29,7 por cento da centro-direita, de Berlusconi. Mas as cadeiras do Senado são concedidas por região, e nos principais campos de batalha, Sicília e Lombardia, havia uma diferença menor de 3 pontos entre a centro-esquerda e centro-direita, pouco acima da margem de erro, informou a ISPO. Bersani e Monti começaram fazendo propostas cautelosas um ao outro esta semana, mas qualquer aliança é fortemente combatida por um membro da coalizão da centro-esquerda, o partido Esquerda, Ecologia e Liberdade (SEL). Monti pediu a Bersani para dispensar o SEL ou arriscaria assustar investidores internacionais. Pesquisa da Demos&Pi para o jornal La Repubblica mostrou a coalizão de Bersani com 34,1 por cento, tendo perdido 4 pontos em três semanas. No mesmo período, o grupo de Berlusconi subiu de 25,8 para 28,6 por cento. O Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, também ganhou terreno, de 13 para 16 por cento. Os centristas de Monti estavam com 16 por cento, com pouca mudança das três semanas anteriores. (Reportagem de Naomi O'Leary)

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