14 de novembro de 2012 | 20h15
Lavrov se reuniu com chanceleres do Conselho de Cooperação do Golfo, formado por seis membros, por mais de duas horas na capital da Arábia Saudita, mas não conseguiu chegar a um consenso sobre como acabar com o conflito que já matou mais de 38 mil pessoas na Síria.
O chanceler russo esperava melhorar a imagem da Rússia em uma região onde sua influência estava sob risco após ter bloqueado três resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) que pressionariam Assad.
"Acreditamos que o derramamento de sangue deva ser interrompido", disse Lavrov em entrevista coletiva conjunta com o chanceler do Barein, xeique Khaled bin Ahmed al-Khalifa, após a reunião na capital saudita.
"O que está acontecendo na Síria é chocante", acrescentou ele, falando por meio de um intérprete.
O xeique Khaled disse que ambos os lados concordaram em "continuar trabalhando juntos para remover obstáculos e pontos de desacordo" por meio de mais conversas e reuniões nos variados níveis.
Essa foi a segunda viagem de Lavrov ao Oriente Médio em menos de duas semanas. Na semana passada no Egito, ele apoiou uma iniciativa egípcia para reunir quatro potências regionais a fim de buscar uma solução para a crise síria.
A Arábia Saudita, que apoia a luta dos rebeldes para derrubar Assad, não participou de dois encontros ministeriais do grupo, que inclui Egito e Turquia, também críticos de Assad, e o Irã, o aliado regional mais próximo da Síria.
(Reportagem de Asma Alsharif em Riad, de Gabriela Baczynska, em Moscou; de Peter Apps, em Washington; e de Andrew Torchia, em Dubai)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.