
29 de março de 2010 | 19h17
O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que militantes que operam na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão podem ter ajudado a organizar os ataques suicidas que mataram 38 pessoas no metrô de Moscou nesta segunda-feira, 29.
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Perguntado pela agência Interfax sobre se poderia haver algum envolvimento estrangeiro nos ataques, Lavrov respondeu: "Eu não excluo isso". O chanceler não mencionou a Al-Qaeda, mas disse que as suicidas podem ter vínculos com insurgentes na conturbada zona fronteiriça afegã com o Paquistão.
"Todos nós sabemos que na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, na chamada 'terra de ninguém', o terrorismo está impregnado", afirmou Lavrov. "Nós sabemos que muitas pessoas lá planejam ataques, não somente no Afeganistão, mas também em outros países. Às vezes eles trilham para o Cáucaso", acrescentou.
Duas mulheres-bomba suicidas atacaram estações de metrô da capital russa na hora do rush, quando as pessoas estavam indo para o trabalho. O governo cogita que elas tinham ligações com o Cáucaso, centro de uma insurgência islâmica contra Moscou.
Alguns oficiais russos afirmaram que a insurgência no Norte do Cáucaso, que abarca a Chechênia, o Daguestão e Inguchétia, tem vínculos com a Al-Qaeda.
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