
15 de agosto de 2012 | 16h24
Trabalhadores e estudantes muçulmanos terão dias livres para celebrar seus feriados. Além disso, as escolas estatais terão aulas de islamismo, disseram autoridades locais e representantes da comunidade muçulmana, após negociações que duraram cinco anos.
"Esperamos que a introdução de aulas de religião muçulmana na cidade-Estado do norte seja um sinal para os outros 15 Estados alemães", disse Daniel Abdin, do conselho de comunidades islâmicas de Hamburgo. "Este acordo é um passo importante para o reconhecimento do Islã em nosso país."
O acordo entrará em vigor no ano que vem e será o primeiro desse tipo na Alemanha, país de 82 milhões de habitantes, dos quais 4 milhões são muçulmanos -- cerca de metade deles com cidadania alemã.
A tolerância religiosa e étnica é uma questão sensível na Alemanha. No começo do ano, o deputado federal conservador Volker Kauder, estreito aliado da primeira-ministra Angela Merkel, disse que o Islã não era parte da tradição e identidade da Alemanha.
Em Colônia, em julho uma corte proibiu a circuncisão de meninos, o que desencadeou críticas das comunidades judaica e muçulmana.
As organizações islâmicas em Hamburgo, representando cerca de 150 mil muçulmanos, afirmaram que o acordo foi um marco histórico de aceitação.
"Os muçulmanos consideram Hamburgo a sua casa", disse Zekeriya Altug, da União Turco-Islâmica do Instituto para a Religião, de Hamburgo.
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