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Conflito em protesto de extrema direita tem 9 feridos na Alemanha

Tensão começou com o assassinato de um alemão no final de semana passado

Atualização:

Nove pessoas ficaram feridas em um choque entre manifestações que reuniram mais de 8.000 moradores neste sábado, nas ruas de Chemnitz, no leste da Alemanha. Um dos protestos foi em repúdio e o outro em apoio à política migratória do governo de Angela Merkel. Os confrontos entre militantes dos dois grupos ocorreram no início da dispersão das manifestações.

Tensão aumentou durante oprotesto em Chemnitz Foto: Hannibal Hanschke/Reuters

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O protesto principal foi convocado por movimentos da direita radical, incluindo o partido Alternativa para a Alemanha (AFD) e o movimento anti-islã PEGIDA. Em resposta, várias associações e partidos políticos progressistas marcharam sob o lema "mais coração e menos ódio".

Há uma semana, Chemnitz tem sido palco de várias manifestações e tornou-se o epicentro da mobilização contra os requerentes de asilo na Alemanha. As tensões começaram com o assassinato de um alemão, no último fim de semana, que tem como suspeitos um iraquiano e um sírio.

Representantes políticos também se manifestaram sobre os protestos.

"Nós não vamos deixar extremistas de direita destruir o nosso país e nossa democracia. Nem em Chemnitz, nem na Saxônia, ou em qualquer outro lugar na Alemanha. A nossa Constituição deve prevalecer. Devemos defendê-la. Agora!", declarou um dos líderes dos Verdes, Cem Özdemir, em um tuite acompanhado por uma foto dele com vários manifestantes.

Já o ministro das Relações Exteriores Heiko Maas citou o passado do país ao defender a democracia.

"A Segunda Guerra Mundial começou 79 anos atrás. A Alemanha causou sofrimento inimaginável na Europa. Embora haja pessoas que desfilam novamente nas ruas fazendo a saudação nazista, o nosso passado histórico nos obriga a defender resolutamente a democracia". /AFP

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