Criminoso nazista morre na Alemanha aos 90 anos

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Por ERIK KIRSCHBAUM
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Um criminoso de guerra nazista que escapou de uma prisão na Holanda e viveu como fugitivo na Alemanha por seis décadas morreu aos 90 anos, informou o Centro Simon Wiesenthal na segunda-feira. Número dois da lista feita pelo centro com os criminosos nazistas mais procurados, o holandês Klaas Carel Faber foi condenado à morte em 1947 na Holanda pela morte de ao menos 11 pessoas em um ponto de paragem para judeus holandeses que eram levados aos campos de concentração. A sentença foi comutada em prisão perpétua, mas ele escapou da cadeia em 1952 e fugiu para a Alemanha, onde se tornou cidadão e viveu desde 1962 na cidade de Ingolstadt, na Baviera. Por muito tempo ele resistiu às tentativas da Holanda de extraditá-lo e morreu quando os promotores de Ingolstadt se preparavam para detê-lo, disse Efraim Zuroff, chefe do escritório israelense do grupo caçador de nazistas Simon Wiesenthal. "A decisão era iminente. Sabemos que os procuradores estaduais em Ingolstadt apoiavam mandar Faber para a cadeia para cumprir o restante de sua prisão perpétua", disse Zuroff à Reuters. Foi a segunda morte este ano de um criminoso nazista. John Demjanjuk, engenheiro mecânico aposentado nos EUA, morreu em março aos 91 anos na Alemanha. Um tribunal de Munique o condenou em 2011 por sua participação na morte de 28 mil judeus como guarda de um campo da morte nazista. Zuroff disse que Faber, membro da SS holandesa, matou ao menos 24 pessoas, muitas delas no campo de passagem de Westerbork, de onde os judeus holandeses eram levados para campos de concentração na Holanda, na Polônia e na Alemanha. A mídia local relatou que Faber morreu em um hospital de Ingolstadt na quinta-feira. O criminoso de guerra nazista mais procurado pelo Centro Simon Wiesenthal é o húngaro Laszlo Csatary, de 95 anos, acusado de ajudar a organizar a deportação de mais de 15 mil judeus para o campo de concentração de Auschwitz a partir da cidade eslovaca de Kosice em 1944.

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