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David Cameron é nomeado novo primeiro-ministro no Reino Unido

Conservador anuncia que formará governo de coalizão com liberais democratas, partido de Nick Clegg

Atualização:

Cameron encontra a Rainha Elizabeth II, que aprovou sua nomeação ao cargo.

 

LONDRES - O conservador David Cameron foi nomeado nesta terça-feira, 11, como o novo primeiro-ministro do Reino Unido, momentos depois de o trabalhista Gordon Brown anunciar sua renúncia ao cargo após deu partido perder as eleições do dia 6 de maio.

 

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Em discurso em frente à residência oficial do premiê e junto de sua esposa, Samantha, Cameron disse que formará um governo de coalizão com os Liberais Democratas, cujo líder é Nick Clegg. "Tenho o objetivo de formar uma completa e verdadeira coalizão entre os conservadores e os liberais democratas", disse Cameron em seu primeiro discurso como primeiro-ministro. "Creio que essa é a maneira correta de dar a este país o governo forte, estável e decente que precisamos", disse o conservador.

 

Representantes dos partidos estiveram o dia todo negociando uma potencial aliança que garantiria aos conservadores o apoio para sustentar um governo de maioria não absoluta. Os termos para a aliança, porém, ainda não foram divulgados, mas sabe-se que os liberais democratas exigiam uma reforma no sistema eleitoral para formar uma coalizão com qualquer partido.

 

Cameron disse que seu governo protegerá os vulneráveis e "será construído sobre valores justos". "Será difícil, enfrentaremos todos os tipos de desafios. Teremos que tomar decisões, e assim chegaremos a dias melhores para o Reino Unido", completou o novo premiê.

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Cameron tem 43 anos. Assim, ele se torna o mais novo líder britânico desde o Lord Liverpool, em 1812. A nomeação do conservador coloca um ponto final no ciclo de 13 anos de governo dos trabalhistas sob situação de maioria absoluta. Ele ingressou no Parlamento em 2001, quando foi eleito pelo distrito de Witney, onde havia sido derrotado nas eleições anteriores. Em 2005, substituiu Michael Howard na liderança do Partido Conservador.

 

Os conservadores conseguiram o maior número de membros do Parlamento após as eleições do dia 6 de maio, mas não obtiveram maioria absoluta, e por isso tiveram de recorrer aos liberais democratas para formar uma aliança e garantir a governabilidade.

 

Logo após serem anunciados os resultados das eleições, Clegg anunciou que daria preferência a negociações com os conservadores, uma vez que tinham obtido o maior número de representantes no Parlamento. Segundo os resultados oficiais, os conservadores conseguiram 306 assentos, contra 258 dos trabalhistas e 57 dos liberais democratas.

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