
03 de outubro de 2009 | 04h05
O déficit fiscal da Espanha subirá para 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e para 12,5% no seguinte, medido em paridade de poder de compra, segundo disse neste sábado o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O resultado das contas do Estado dará um giro brusco devido à recessão e aos programas de estímulo do Governo, segundo os números do Fundo.
Em 2007 houve um superávit de 2,2% do PIB, enquanto em 2008 se registrou um déficit de 3,8%. Em suas estimativas, o organismo usa um PIB calculado com base na paridade de poder de compra (PPP, em inglês), que elimina as distorções pelas diferenças nos níveis de preços.
O FMI divulgou seus novos números em um relatório sobre a economia europeia apresentado em Istambul, às vésperas da Assembleia Anual conjunta com o Banco Mundial.
No estudo, a instituição destaca que o aumento do desemprego foi maior na Espanha que nos países vizinhos e que em outras recessões porque a crise mundial coincidiu com o fim de um boom da construção "extraordinário mas insustentável".
O FMI prevê que a taxa de desemprego suba para 20,2% no próximo ano. Os trabalhadores que mais sofreram até agora são os que contam com contratos temporários, que chegam a 25% dos empregados na Espanha, um número muito alto, segundo o FMI.
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