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Dissidentes do IRA prometem atacar banqueiros no Reino Unido

Exército Republicano Irlandês Real tem como prioridade alvos em Londres, diz 'The Guardian'

Atualização:

LONDRES - Líderes do grupo separatista irlandês IRA Real, uma dissidência do Exército Republicano Irlandês Provisional, prometeram atacar bancos e banqueiros do Reino Unido, segundo uma reportagem publicada nesta quarta-feira, 15, pelo jornal britânico The Guardian. Apesar de contar com cerca de cem militantes, o grupo afirmou que os alvos na Inglaterra são a maior prioridade.

 

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"Nós somos conhecidos por atacar agentes econômicos e instituições financeiras. O papel dos banqueiros e das instituições às quais eles servem no financiamento sistema colonial e capitalista do Reino Unido não passaram despercebidos", disseram líderes do grupo, chamando os bancos de criminosos.

 

"Não vamos esquecer que os banqueiros são parceiros dos políticos. Eles fazem esquemas que beneficiam as elites sociais às custas de milhões de vítimas", acrescentaram.

 

Especialistas em segurança, porém, diz que o IRA Real não tem a mesma capacidade e recursos que o IRA para realizar ataques em grande escala. Embora o grupo tenha acesso a explosivos, não é capaz de perpetrar grandes atentados.

 

Os líderes do IRA Real também ameaçaram intensificar todas as suas frentes de terrorismo. "É importante reconhecer que nos reagrupamos e nos reorganizamos e emergimos de um período turbulento da história republicana. Já mostramos nossa capacidade em atacar a infraestrutura militar, judicial e policial dos britânicos. Vamos aumentar o volume de ataques".

 

Sobre os rumores de que líderes do IRA estariam negociando com Dublin e Londres, o IRA Real negou "qualquer diálogo". "Não nos opomos às conversas, mas acreditamos que elas devem abordar a raiz do problema, que é a ocupação britânica ilegal sobre a Irlanda".

 

O IRA Real surgiu em 1997, quando se separou do IRA Provisional, uma outra divisão do Exército Republicano Irlandês oficial. Os dissidentes defendem a união da Irlanda e da Irlanda do Norte, que continua como parte do Reino Unido. O grupo é considerado como terrorista pelos britânicos e pelos EUA.

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