O ministério das Relações Exteriores do Reino Unido convocou nesta quarta-feira, 17, o embaixador israelense em Londres para prestar esclarecimentos sobre a utilização de passaportes britânicos falsos no assassinato do líder do Hamas Mahmoud al-Mabhouh, no último dia 20, em Dubai nos Emirados Árabes.
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O assassinato gerou um princípio de crise diplomática entre Israel e Grã-Bretanha. O primeiro-ministro Gordon Brown ordenou a abertura de uma investigação sobre o caso.
Autoridades britânicas questionam qual a participação de Israel no episódio, uma vez que o grupo Hamas acusa o serviço secreto israelense Mossad de ser autor do assassinato. O governo britânico quer também saber como os assassinos conseguiram os passaportes de seus cidadãos.
A polícia de Dubai divulgou nesta semana a lista das 11 pessoas que teriam participado do assassinato do comandante militar do Hamas. Dentre elas, estão seis cidadãos britânicos e um alemão que vivem em Israel, e negam qualquer participação no crime.
Os outros quatro nomes teriam sido inventados pelos suspeitos. Dubai diz acreditar que 11 "agentes com passaportes europeus" foram responsáveis pelo ataque.
Negativa
o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse a uma rádio local que não há provas contra seu país. "Não há razão para pensar que foi o Mossad, e não algum outro serviço de inteligência ou algum outro país que esteja por trás do episódio", declarou. Rafi Eitan, um ex-membro do Mossad, negou envolvimento da organização no caso. "O Mossad não está por trás do assassinato de Mahmoud el- Mabhouh. Isso é um ato de alguma organização estrangeira querendo incriminar Israel", dissse.