
19 de março de 2010 | 10h52
ANCARA - O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou os meios de comunicação turcos e internacionais de manipular suas palavras sobre sua suposta ameaça de expulsar cerca de 100 mil trabalhadores armênios que vivem no país ilegalmente.
O premiê disse que os meios têm intenções ocultas ao não mencionar a palavra "ilegal" ao se referirem aos armênios citados por ele. "A imprensa internacional causa indignação ao eliminara palavra 'ilegal' da minha declaração", disse Erdogan em um discurso ante militantes do Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco).
Em declarações à agência BBC da Turquia, Erdogan havia dito que seu governo considerava a deportação de cerca de 100 mil cidadãos armênios que trabalham de forma ilegal na Turquia se o governo da Armênia não se manifestar a respeito do grande fluxo de migração entre os países.
Os Parlamentos da Suécia e dos EUA adotaram recentemente resoluções na quais classificam o massacre de 1915 contra os armênios de genocídio. A Turquia recusa veementemente as resoluções e Erdogan responsabiliza a diáspora armênia pelo ocorrido.
As palavras de Erdogan foram duramente criticadas pela imprensa turca. Até jornalistas que costumam apoiar o premiê as classificaram de "chantagem" sobre os armênios.
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