12 de maio de 2011 | 08h58
O Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês), favorável à independência, conquistou uma maioria no Parlamento regional escocês pela primeira vez em uma eleição na semana passada e prometeu realizar um referendo na Escócia dentro dos próximos cinco anos sobre a secessão.
Apenas 29 por cento dos adultos escoceses apoiam a independência, segundo a pesquisa YouGov publicada no jornal tablóide The Sun. Em contraste, 41 por cento dos adultos na Inglaterra e no País de Gales disseram acreditar que a Escócia deveria se tornar independente.
O número reflete a visão em partes da Grã-Bretanha de que a Escócia está se aproveitando financeiramente da atual conjuntura, que permite ao seu Parlamento regional decidir sobre questões de saúde e educação, enquanto é financiado por um fundo de 30 bilhões de libras (49,5 bilhões de dólares) que saem dos cofres do governo central britânico.
Segundo o SNP, essa visão não considera a renda gerada pelo petróleo no Mar do Norte, que é transferida para o tesouro britânico em Londres.
O líder do SNP, Alex Salmond, conhecido como um dos políticos britânicos mais astuciosos, pretende adiar o referendo sobre a independência até o final de seu mandato de cinco anos, e quer transformar a recente ascensão do SNP em maior apoio à separação de Londres.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, líder do Partido Conservador que conseguiu somente 15 cadeiras no Parlamento regional escocês de 128 membros, prometeu defender a unidade britânica "com toda força que eu tiver".
A pesquisa do YouGov ouviu 1.175 escoceses e 2.159 ingleses e galeses adultos nesta semana.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.