23 de agosto de 2010 | 21h16
Rubalcaba se reuniu em Rabat com seu homólogo marroquino, Taieb Cherkaoui, para discutir as relações entre Espanha e Marrocos depois dos recentes bloqueios de manifestantes contrários aos espanhóis nas portas do enclave de Melilla.
Os marroquinos ressentiram por muito tempo a existência dos enclaves espanhóis de Melilla e Ceuta no território do país africano, mas as disputas mais recentes começaram há apenas três semanas, quando cinco belgas de origem marroquina que tentaram ingressar em Melilla acusaram a polícia espanhola de espancamento e abuso.
Em entrevista coletiva em Rabat, depois da reunião, Rubalcaba apenas mencionou os incidentes que, segundo ele, se concentraram na luta de ambos os países contra o crime organizado, o tráfico de drogas, o terrorismo e a imigração ilegal.
"Houve um conjunto de incidentes que pertencem ao passado. Desses incidentes, tiramos um acordo para reforçar e melhorar a cooperação policial", declarou.
"Estamos contentes de trabalhar juntos porque compartilhamos os mesmos riscos e problemas. Imigração ilegal, drogas e terrorismo", acrescentou o ministro.
Anteriormente, Rubalcaba se reuniu com o rei Mohammed.
O ministro do Interior disse que concordou com seu homólogo em se reunir oficialmente pelo menos uma vez por ano para garantir relações estáveis, enquanto as polícias de ambos os países irão se encontrar trimestralmente para trabalhar dentro dos enclaves.
Também disse que estabelecerão duas delegacias em Tánger e Algeciras para o próximo verão boreal, onde agentes espanhóis e marroquinos trabalharão lado a lado.
As boas relações entre ambos os países são essenciais para a luta da União Europeia contra a imigração ilegal, o terrorismo e o tráfico de drogas.
(Reportagem de Nigel Davies)
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