Espanha desmantela rede de exploração sexual de brasileiras

Entre as 17 pessoas detidas está um ex-diretor de banco que era responsável por lavar o dinheiro

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Por Efe
Atualização:

A polícia espanhola deteve 17 pessoas, entre elas um ex-diretor de banco, supostamente ligadas a uma trama de lavagem de dinheiro vinculada à exploração sexual de mulheres de origem brasileira e russa.

 

Os detidos controlavam sete bordéis na província de Almería (sul), nos quais trabalhavam mulheres levadas clandestinamente à Espanha ou recrutadas em território nacional, informaram nesta sexta-feira, 24, fontes policiais.

 

O ex-diretor de banco detido supostamente se encarregou de lavar 12 milhões de euros (quase US$ 16 milhões) obtidos pela rede desde 2007.

 

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Segundo essas mesmas fontes policiais, para a desarticulação desta rede colaboraram autoridades policiais de Brasil, França e Rússia, para investigar possíveis conexões internacionais.

 

Os detidos são acusados de crimes de favorecimento da imigração ilegal, contra o direito dos trabalhadores, relacionados com a exploração sexual de estrangeiras, lavagem de capitais, posse ilícita de armas e formação de quadrilha.

 

A investigação começou graças à informação compartilhada por diferentes órgãos de fiscalização espanhóis sobre dois grupos de pessoas relacionados com a exploração sexual de mulheres de origem brasileira e russa na Espanha.

 

Os grupos investigados mostravam uma clara estrutura hierárquica organizada de modo piramidal, habitual neste tipo de rede, o que fazia com que nenhum dos membros tomasse qualquer decisão sem a aprovação de algum responsável.

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Entre os detidos se encontram J.M.C. e N.G.R.S.L., o casal considerado líder desta rede, e que tinha um dos clubes noturnos registrado em seu nome.

 

As outras casas noturnas funcionavam como "empresas de fachada", e transpareciam desenvolver uma atividade normal.

 

A organização contava com a ajuda do ex-diretor bancário A.J.M., que assessorava o grupo e cuidava diretamente de algumas de suas contas bancárias para tentar esconder estes fundos de origem criminosa das autoridades.

 

Durante os dois últimos anos, J.M.C. e N.G.R.S.L. teriam obtido um lucro superior a 12 milhões de euros (quase US$ 16 milhões), em parte para a criação de outras "empresas de fachada".

 

Na operação, os agentes policiais apreenderam 70 mil euros (cerca de US$ 92 mil) em dinheiro, diversas joias, munição, quatro escopetas e duas pistolas com silenciador.

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