CONFRONTOS
O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, declarou a repórteres em Ancara que 19 pessoas foram mortas e 145 ficaram feridas nos distúrbios em todo o país, mas prometeu que o processo de paz com os separatistas curdos não será arruinado pelo "vandalismo". Mais tarde, a agência de notícias Dogan relatou que o saldo de mortos subiu para 21.
Ao menos 10 pessoas morreram nos confrontos em Diyarbakir, a maior cidade curda no sudeste turco, de acordo com o ministro da Agricultura, Mehdi Eker, que afirmou que um toque de recolher de um dia imposto no local a partir da noite de terça-feira seria revisto nesta quarta-feira.
Alguns manifestantes que desafiavam o toque de recolher entraram em choque com as forças de segurança na área no fim desta quarta-feira pelo horário turco, segundo relatou a mídia local.
Outros morreram em confrontos entre manifestantes e policiais nas províncias de Mus, Siirt e Batman, também no sudeste. Trinta pessoas se feriram, incluindo oito policiais, em Istambul.
Os combatentes do Estado Islâmico que sitiam Kobani hastearam sua bandeira negra no lado leste da cidade na segunda-feira. Desde então, os ataques aéreos liderados pelos norte-americanos na área redobraram, e os defensores da cidade afirmaram que os insurgentes foram repelidos.
O Parlamento da Turquia autorizou na semana passada uma intervenção transfronteiriça, mas Erdogan e seu gabinete se contiveram até o momento, dizendo que irão aderir a uma ação militar conjunta apenas como parte de uma aliança que também combata Assad.
O presidente quer que a aliança estabeleça uma “zona de exclusão aérea” para impedir que a força aérea de Assad voe perto da fronteira turca e criar uma área segura para que os estimados 1,2 milhão de refugiados sírios na Turquia voltem para casa.