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EUA estudam sanções contra a Líbia

França, Reino Unido e União Europeia também já admitem punições contra ditadura de Kadafi

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Por Redação
Atualização:

O departamento de Estado americano informou nesta quarta-feira, 23, que o governo do presidente Barack Obama estuda impor sanções à Líbia, onde o ditador Muamar Kadafi lançou uma repressão violenta contra manifestantes pró-democracia que há nove dias protestam pela sua renúncia.  Veja também: especialLinha do Tempo: 40 anos de ditadura na Líbiamais imagens Galeria: Veja imagens dos conflitosespecialInfográfico:  A revolta que abalou o Oriente Médioblog Radar Global: Acompanhe os protestos na região

 

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A secretária de Estado, Hillary Clinton, condenou o uso de violência contra manifestantes na Líbia e disse que o governo de Muamar Kadafi será responsabilizado por estas ações. "Vamos examinar todas as opções possíveis para pôr um fim à violência e influebciar o governo", disse Hillary. Segundo ela, no entanto, a principal prioridade dos EUA é retirar seus cidadãos do país.

De acordo com o porta-voz P.J.Crowley, os EUA estão em contato com a comunidade internacional para definir as medidas a serem tomadas no futuro. " Estamos examinando várias ferramentas e opções disponíveis para atingir a nossa meta. Isto certamente envolve sanções", disse Crowley, que ressaltou não haver uma decisão sobre o caso.

Mais cedo, líderes europeus defenderam a aplicação de sanções contra Kadafi. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu à Europa que suspenda todos os laços econômicos com a Líbia e adote sanções contra o país, depois da repressão aos protestos da oposição.

"Eu peço ao ministro de Relações Exteriores que façam uma proposta aos nossos parceiros europeus pedindo a adoção de sanções rápidas e concretas.", disse Sarkozy em comunicado, após uma reunião semanal com seus ministros. "Eu gostaria de ver a suspensão de relações econômicas, comerciais e financeiras com a Líbia até segunda ordem".

Já o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que o Conselho de Segurança da ONU deveria aprovar uma resolução condenando o uso da força na Líbia. Na terça, o Conselho de Segurança emitiu uma nota condenando a repressão de Kadafi contra os manifestantes.

O premiê afirmou, em visita a uma universidade do Qatar, que "gostaria de ver uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas" e que o mundo "deveria mandar um aviso claro para Kadafi e para as forças armadas que o que eles estão fazendo é errado".

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A União Europeia avalia tomar ações contra a Líbia em resposta à violência ocorrida no país do norte africano nos últimos dias. Segundo a porta-voz de Catherine Ashton, chefe da política externa do bloco europeu, funcionários da UE vão se reunir nesta quarta para considerar "possíveis medidas restritivas" contra a Líbia.

A porta-voz disse que há diferentes ideias entre os Estados membros sobre as sanções. "Ele (Kadafi) não pode seguir ameaçando seu povo com a violência e não pode agir de modo tão violento", afirmou. Kadafi, está "na origem da violência" e precisa iniciar um diálogo nacional imediatamente, acrescentou a funcionária.

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Com Reuters, Efe e AP

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