Os governos de França, Alemanha e Reino Unido oficializaram nesta quarta-feira, 9, o pedido para a realização de uma conferência internacional sobre o Afeganistão antes do fim do ano, na qual será definida uma "fase de transição" para que os afegãos assumam progressivamente suas responsabilidades.
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Em carta dirigida ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, consideram que a conferência deveria acontecer após instalado o novo governo afegão.
Sarkozy, Angela e Brown indicam que, na conferência, seria preciso definir "novos critérios e objetivos temporários" para levar adiante "uma fase de transição no Afeganistão". Isso significa, segundo os três signatários, precisar o que se espera dos afegãos quanto a suas responsabilidades, assim como "uma visão clara de sua transferência progressiva, onde for possível".
Nesse contexto, os três líderes querem que sejam avaliadas formas de "acelerar, aumentar e melhorar a qualidade da formação das forças de segurança afegãs e como criar as condições locais apropriadas".
A carta também destaca que a conferência - que ainda não tem localidade definida - "permitirá reafirmar que estamos ao lado do povo afegão, e que estamos comprometidos com o objetivo comum de um Afeganistão em paz e segurança, que não voltará a se tornar um refúgio para os terroristas".
A missão será "estabelecer novas perspectivas e novos objetivos em matéria de governança, de estado de direito, de segurança e de desenvolvimento econômico e social no Afeganistão".
Os líderes da França, Alemanha e Reino Unido estimam que, com as passadas eleições presidenciais, que são objeto de polêmica devido à magnitude das fraudes, "o Afeganistão conseguiu uma etapa importante de sua história democrática".
Por isso, afirmam que "é o momento" de fazer um balanço dos "progressos realizados" desde as eleições presidenciais anteriores e "avaliar os desafios" do futuro.
Sarkozy, Merkel e Brown querem que a conferência seja copresidida pela ONU e pelo governo afegão, com a participação de "todos os países e as instituições que têm papel crucial para a reconstrução, o desenvolvimento e a estabilização do Afeganistão".