Europeus condenam pedido de Kadafi por 'jihad' contra Suíça

Notícia vem 'em momento infeliz, quando a União Europeia trabalha' por solução diplomática, diz porta-voz

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Por Agência Estado
Atualização:

A União Europeia classificou nesta sexta-feira, 26, como "infeliz" o pedido do líder líbio Muamar Kadafi para que seja realizada a jihad - guerra santa - contra a Europa, segundo o discurso de um porta-voz da chefe da política externa do bloco. O pedido do líder foi uma resposta à proibição da Suíça à construção de minaretes, tradicionais torres de ornamentação de mesquitas.

 

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"Se essas notícias estão corretas, vêm em um momento infeliz, quando a União Europeia está trabalhando com a Suíça para tentar alcançar uma solução diplomática" para a longa divergência entre os dois países, afirmou Lutz Guellner, porta-voz da alta representante do grupo, Catherine Ashton.

 

"Jihad contra a Suíça, contra o sionismo, contra a agressão estrangeira não é terrorismo", afirmou Kadafi na quinta-feira, na cidade de Benghazi. Os eleitores suíços aprovaram em referendo no ano passado a proibição da construção dos minaretes, que são torres das mesquitas muçulmanas.

 

As relações entre Líbia e Suíça estão ruins desde julho de 2008, quando Hannibal, filho de Kadafi, foi brevemente detido em Genebra. O problema piorou quando a Líbia reagiu prendendo brevemente e confiscando o passaporte de dois empresários suíços, Rashid Hamdani e Max Goeldi. As informações são da Dow Jones.

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