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Ex-premiê britânico teme que Grã-Bretanha deixe a UE, diz jornal

Atualização:

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair disse a um jornal alemão que está "profundamente preocupado" com a possibilidade de que a Grã-Bretanha opte em referendo por deixar a União Europeia, especialmente se poderes demais forem transferidos para o bloco, sem legitimidade democrática. A questão de a Grã-Bretanha deixar a UE já foi muito discutida tempos atrás, mas a crise da dívida na zona do euro e a perspectiva de o bloco monetário forjar uma união política mais estreita convenceram algumas autoridades do país de que é hora de exigir um novo relacionamento com Bruxelas (a sede da UE). O atual primeiro-ministro, David Cameron, disse no mês passado que é uma "posição perfeitamente honrosa" pedir um referendo imediato na Grã-Bretanha sobre a permanência na UE --as pesquisas mostram que a maioria dos britânicos votaria pela rejeição-- , mas que ele nunca faria campanha por um voto para "sair" porque deixar a UE não serviria aos interesses britânicos. Blair afirmou ao Die Zeit ser claro que a crise na zona do euro irá conduzir a uma "poderosa mudança política da UE", acrescentando: "E nesse ponto, estou profundamente preocupado que a Grã-Bretanha possa decidir, num referendo, deixar todo o processo". "Se mais competências forem transferidas para a UE, então sua legitimidade democrática tem de ser ampliada também", disse ele, segundo um trecho da entrevista que deve ser publicada pelo jornal alemão na quinta-feira. Cameron tem evitado os pedidos de uma votação imediata sobre a manutenção da Grã-Bretanha na UE. Em vez disso, ele vem apontando para algum momento no futuro a perspectiva de um referendo e tem prometido um novo relacionamento com a UE. (Reportagem de Sarah Marsh)

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