
18 de dezembro de 2013 | 00h37
A França já enviou 1.600 soldados à sua ex-colônia para evitar um agravamento da violência entre milícias cristãs e os rebeldes, na maioria muçulmanos, do Seleka, que derrubaram o ex-presidente François Bozizé.
Centenas de pessoas foram assassinadas na semana de 5 de dezembro na capital do país, Bangui, quando combatentes de ambos os lados foram porta a porta executando civis. Algumas vítimas foram linchadas ou apedrejadas até a morte, disseram moradores.
Em uma reunião de chanceleres da União Europeia na segunda-feira, a França pediu mais ajuda aos aliados para reforçar sua missão de manutenção da paz para além da ajuda logística e financeira.
"Logo teremos no terreno soldados de nossos colegas europeus", disse Fabius em resposta a uma pergunta sobre a falta de apoio na República Centro-Africana.
A vida em Bangui pareceu voltar ao normal nesta terça-feira, com crianças brincando de futebol e táxis passando nas ruas menos de meia hora antes do início do toque de recolher, disse um repórter da Reuters.
Mas o grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional advertiu que o país precisa de mais soldados com urgência para proteger moradores na capital onde, segundo a organização, foram cometidos crimes de guerra.
Enquanto países europeus como Polônia, Reino Unido, Alemanha, Espanha e Bélgica já haviam oferecido várias formas de ajuda, os soldados franceses intervêm sozinhos pela segunda vez neste ano depois de expulsarem rebeldes islâmicos do Mali, outra ex-colônia francesa.
(Reportagem de John Irish e Bate Felix, com reportagem adicional de Adrian Croft e Marcin Goclowski)
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