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França vai às urnas; extrema direita espera consolidar ganhos

Por BRIAN LOVE
Atualização:

As estações de voto da França foram abertas no domingo para mais um turno de eleições locais que vêm causando preocupação no partido governista do presidente Nicolas Sarkozy desde que a Frente Nacional, de extrema direita, teve um avanço grande no primeiro turno eleitoral. As eleições medem o estado de ânimo político nacional um ano antes das eleições presidenciais e vão determinar se a Frente Nacional, contrária à imigração, vai ganhar presença em alguns conselhos locais, que são alavancas do poder político no nível das bases. O partido UMP, de Sarkozy, tornou menos nítidas suas diferenças com a extrema direita ao assumir uma linha dura sobre a integração da grande minoria muçulmana da França. Os índices de popularidade do presidente estão em níveis baixos recordes. No primeiro turno, no domingo passado, o Partido Socialista saiu à frente, com 25 por cento dos votos, seguido pelo UMP, de Sarkozy, com 17 por cento e a Frente Nacional logo atrás, com 15 por cento - um resultado recorde para o partido. Esse resultado veio logo após pesquisas de opinião indicando que Marine Le Pen, 42, advogada de discurso intransigente que em janeiro substituiu seu pai na liderança da Frente Nacional, pode receber mais votos que Sarkozy no primeiro turno de uma futura eleição presidencial. Jean-Marie Le Pen chocou a França e o mundo quando chegou ao segundo turno da eleição presidencial em 2002. Agora a Frente Nacional tem um rosto mais jovem, mas está se esforçando para despir-se de sua imagem extremista, tendo anunciado no sábado a expulsão de um de seus candidatos nas eleições locais, depois de um site de uma revista publicar uma foto do candidato fazendo a saudação nazista. O oposicionista Partido Socialista, previsto para ampliar seu domínio sobre o poder político local, exortou seus seguidores a votar nos conservadores de Sarkozy se isso for necessário para excluir o avanço dos candidatos da Frente Nacional.

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