François Hollande amplia vantagem sobre Sarkozy, mostra pesquisa

Socialista aparece como favorito para chegar à presidência nas eleições de abril

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PARIS - O favorito na corrida eleitoral francesa, o candidato socialista François Hollande, aumentou a vantagem sobre o presidente Nicolas Sarkozy, apesar de uma série de medidas adotadas pelo líder conservador para alavancar o emprego e a competitividade, uma pesquisa mostrou nesta terça-feira, 31.

 

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A pesquisa de opinião divulgada pela Ifop/Fiducial mostrou que Hollande aumentou a liderança no primeiro turno, em 22 de abril, de 4 pontos há duas semanas para 6,5 pontos porcentuais. Hollande tem 31% de apoio e Sarkozy, 24,5%. Segundo a sondagem, o candidato socialista pode vencer o segundo turno, em 6 de maio, com 58% dos votos enquanto Sarkozy teria 42%, um aumento de 2 pontos porcentuais para Hollande em comparação há duas semanas.

 

A enquete foi conduzida logo após Sarkozy, ansioso para se mostrar ocupado trabalhando para resolver os problemas da França no final de seu mandato, ser entrevistado em um programa de televisão no horário nobre, no domingo, para detalhar as reformas que ele quer ver aprovadas pelo Parlamento antes das eleições.

 

Sarkozy quer particularmente aumentar o imposto sobre valor agregado de 19,6% para 21,2%, a partir de outubro, para financiar a redução nos custos dos benefícios pagos por empresas, em uma estratégia que quer tornar as empresas francesas mais competitivas perante as rivais estrangeiras. Hollande intensificou sua campanha na semana passada com seu primeiro comício e revelou detalhes concretos de seu programa. Isto aumentou a pressão sobre Sarkozy, que aguarda até o encerramento do prazo, em 16 de março, para lançar oficialmente sua candidatura à reeleição. A pesquisa desta terça-feira mostrou que outras candidaturas estão perdendo espaço. O apoio à líder da extrema-direita, Marine Le Pen, no primeiro turno caiu de 20% há duas semanas para 19%. O centrista François Bayrou decaiu de 12,5% para 11,5%.

 

Encomendada pela estação de rádio Europe 1, a revista semanal Paris Match e o canal público Senat TV, a pesquisa baseou-se em entrevistas com 1.400 eleitores registrados, entre 29 e 30 de janeiro.

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