20 de janeiro de 2014 | 14h48
Yanukovich concordou em iniciar um diálogo com a oposição depois de os confrontos do domingo terem deixado muito feridos, no dia mais violento dos dois meses de protestos contra o seu distanciamento da União Europeia e aproximação da Rússia.
Ainda nesta segunda-feira, mil manifestantes entraram em confronto com a polícia perto da sede do governo.
As ruas na região estão cheias de tijolos e destroços do domingo, incluindo ônibus e caminhões queimados. Os manifestantes dispararam fogos de artifício contra os policiais e jogaram coquetéis molotov. A polícia respondeu com balas de borracha e canhões de água.
A aparente concessão de Yanukovich se deu depois da violência e de um comício que reuniu cem mil pessoas em Kiev.
Apesar dos pedidos da oposição para que a manifestação fosse pacífica, o comício acabou em confrontos.
Nos confrontos, mais de 60 policiais ficaram feridos, segundo a polícia. O serviço médico de Kiev afirmou que cerca de cem civis buscaram tratamento.
Nesta segunda, a oposição alertou Yanukovich a não tentar ganhar tempo para esfriar os protestos. "É importante que esse diálogo leve a resultados", disse o boxeador e agora líder político, Vitaly Klitschko. "Se as autoridades não cumprirem a sua palavra, a situação ficará mais tensa."
(Por Richard Balmforth; reportagem adicional por Pavel Polityuk, em Kiev, e Adrian Croft, em Bruxelas)
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