Grã-Bretanha estudará corte de emissões de carbono de até 80%

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A Grã-Bretanha vai estudar se pode ou não se comprometer com um corte de até 80 por cento em suas emissões de carbono até 2050, disse na segunda-feira o primeiro-ministro, Gordon Brown, em seu primeiro discurso importante sobre o meio ambiente desde que tomou posse. Brown vem sendo obrigado a se posicionar em relação a questões ambientais por causa da crescente atuação do Partido Conservador, da oposição, no tema. A popularidade do premiê despencou nas últimas semanas e é a pior de seu governo, que começou em junho, quando substituiu Tony Blair. O governo publicou há uma semana um projeto de lei sobre as mudanças climáticas comprometendo-se com um corte de 60 por cento nas emissões de dióxido de carbono até 2050, mas grupos ambientalistas afirmaram que é preciso fazer cortes ainda maiores. Segundo o premiê, o governo criará uma comissão independente para estudar a viabilidade do corte de 80 por cento. "Nossa previsão tem uma meta fundamental: segurar o aumento na temperatura média global em no máximo 2 graus centígrados. Isso exige que as emissões de gases-estufa cheguem ao pico nos próximos 10 a 15 anos e sejam cortadas pelo menos pela metade até 2050," afirmou Brown numa reunião promovida pelo grupo ambientalista WWF. Brown afirmou que é vital que os países desenvolvidos, inclusive os Estados Unidos, tomem a dianteira no corte das emissões. O discurso foi feito duas semanas antes da reunião dos ministros do Meio Ambiente da ONU na ilha de Bali para tentar lançar uma rodada de negociações sobre o pacto que sucederá o protocolo de Kyoto. (Reportagem de Jeremy Lovell)

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