Grã-Bretanha pede desculpas 50 anos após escândalo de Talidomida

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O governo britânico pediu desculpas nesta quinta-feira às vítimas do escândalo talidomida, meio século após milhares de bebês terem nascido com defeitos congênitos depois que suas mães tomaram a pílula contra enjoo matinal. "O governo deseja expressar seu sincero arrependimento e profunda simpatia pelas vítimas e pelo sofrimento suportado pelos afetados quando as gestantes tomaram a droga Talidomida entre 1958 e 1961", disse o ministro da Saúde, Mike O'Brien. "Nós reconhecemos tanto o sofrimento físico quanto as dificuldades emocionais que as crianças afetadas e suas famílias sofreram como resultado dessa droga, e os desafios que muitos continuam a suportar, frequentemente em uma base diária", disse. O ministro lembrou que muitas das vítimas haviam esperado muito tempo por isso. O escândalo da talidomida provocou uma revisão mundial dos regimes de testes de droga e elevou a reputação da FDA, agência norte-americana que regula alimentos e remédios, fármacos a única voz que se recusou a aprovar a droga. A Talidomida foi comercializada no mundo todo como remédio para aliviar o enjoo matinal de mulheres grávidas entre os anos 1050 e 1060. Cerca de 10.000 bebês nasceram no mundo com defeitos provocados pela droga, que variavam de membros mal-formados a nenhuma perna ou braço. Na Grã-Bretanha, o Thalidomide Trust ajuda 466 pessoas, a maioria sem dois ou os quatro membros como resultado de suas mães terem tomado a droga, que foi licenciada para uso no país em 1958, sendo retirada do mercado três anos depois. Os sobreviventes britânicos recebem em média menos de 20.000 libras (32.580 dólares) por ano em indenização dos fabricantes da droga, segundo relatos da mídia. (Reportagem de Adrian Croft)

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