
25 de setembro de 2011 | 18h22
Falando para banqueiros internacionais, Venizelos disse que se sentia encorajado por eles terem atendido a um convite para participarem de um segundo acordo de socorro financeiro grego e que acredita que as metas estabelecidas para o envolvimento do setor privado, numa reestruturação da dívida, serão alcançadas.
"É a decisão final e irrevogável da Grécia fazer o que for necessário para cumprir as suas obrigações com os seus parceiros, a área do euro e o FMI", disse ele.
Mas o ministro admitiu que a Grécia ficará abaixo das metas ambiciosas de privatização, uma condição estabelecida por UE e FMI para manterem o financiamento para evitar um calote da Grécia.
A Grécia receberá apenas 1,4 bilhão de euros pelas privatizações, em setembro, e não os 1,7 bilhão determinados no acordo, meta que será atingida apenas em outubro. E até o final de 2011, espera-se que ocorra um déficit de 1 bilhão de euros na meta de 5 bilhões de euros de privatizações.
"A Grécia sente a incerteza internacional... mas a Grécia não é o bode expiatório da zona do euro ou da economia internacional", disse Venizelos. "A Grécia é e sempre será um país membro da UE e da zona do euro."
Logo depois desse discurso, ele foi a uma reunião com Christine Lagarde, diretora do FMI, que tem ajudado no resgate financeiro da Grécia.
A lenta implementação de medidas fiscais impopulares e de reformas, levou à saída abrupta dos inspetores da UE, FMI e do Banco Central Europeu de Atenas no começo do mês, deixando uma importante sexta parcela do empréstimo de ajuda financeira em risco. A Grécia disse que tem dinheiro suficiente até o mês que vem.
Ele disse em seu discurso que os bancos gregos e os fundos de pensão estavam de acordo com o próximo socorro financeiro, aceitando plenamente, as perdas que virão.
Neste domingo, comunicado do FMI afirmou que uma missão do fundo retornará a Atenas "nos próximos dias".
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