Segundo informação da agência de notícias AFP, a imprensa cubana não deu destaque para os 20 anos da queda do Muro de Berlim comemorados nesta segunda, 9 de novembro. O episódio teve como consequência a desintegração da ex-União Soviética e a queda no comunismo na Europa Oriental.
Apenas um comentarista da televisão cubana se referiu no domingo sobre os acontecimentos de novembro de 1989 na Alemanha e chamou a atenção para a necessidade da queda de "todos os muros", em alusão aos levantados pelos Estados Unidos em sua fronteira com o México e o de Israel na Cisjordânia.
Ainda de acordo com a agência, pelo fato de a imprensa em Cuba ser controlada pelo Estado, no final de semana foi feita uma ampla cobertura da cerimônia militar realizada todo dia 7 de novembro em Havana em comemoração ao triunfo da Revolução Socialista de Outubro de 1917.
Em julho de 1989, quatro meses antes da queda do Muro, o líder cubano Fidel Castro, que criticava o pacote de medidas adotado pelo então presidente soviético Mikhail Gorbachov, advertiu que Cuba seguiria o rumo socialista mesmo se "nos despertássemos com a notícia de que a URSS havia acabado".
A dissolução da União Soviética provocou a pior crise econômica da história de Cuba, reforçada nos anos seguintes pelo embargo econômico imposto pelos Estados Unidos. Hoje, Venezuela e China são os principais aliados políticos e comerciais da Ilha.