Incêndios forçam retirada de pessoas de parque em Portugal

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Por ANDREI KHALI
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Equipes de resgate portuguesas retiraram cerca de cem pessoas do Parque Nacional Peneda-Gerês na quinta-feira enquanto aumentavam os incêndios florestais no norte do país, apesar do esforço incessante de mais de mil bombeiros. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, disse numa entrevista à imprensa que a situação na região árida do norte "é comparável a um verdadeiro teatro de guerra". Ele também elogiou os bombeiros por sua coragem depois que dois morreram e vários ficaram gravemente feridos em incêndios florestais esta semana. Pereira afirmou que o governo ativou o Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia para obter equipamento adicional de combate a incêndios e estava fazendo tudo ao seu alcance para evitar que os incêndios florestais se espalhem ainda mais. O forte calor e os ventos estão "particularmente adversos" este ano, disse ele. No total, as brigadas de incêndio combatiam mais de 30 focos em Portugal na tarde de quinta-feira. As autoridades afirmaram que cerca de 120 bombeiros com 20 caminhões e quatro aeronaves trabalhavam para extinguir as chamas que ameaçavam as casas dos que foram retirados em Vilar de Soente, na reserva Peneda-Gerês, não muito longe da fronteira com a região espanhola da Galícia. Na reserva natural da Serra de Estrela, o evento internacional de ciclismo Tour de Portugal foi forçado a encurtar a rota do dia em 40 quilômetros em razão dos incêndios na área, informaram os organizadores. Imagens de televisão mostravam aviões e helicópteros lançando toneladas de água na floresta em chamas, enquanto policiais e bombeiros bloqueavam estradas próximas. Pereira afirmou que centenas de incêndios estão sendo registrados todos os dias no país. Os bombeiros extinguem 95 por cento deles no mesmo dia. Muitos distritos no norte aumentaram o nível de ameaça ao máximo possível esta semana. Centenas de tropas foram mobilizadas para ajudar as brigadas anti-incêndio.

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