O chefe do Comitê de Investigação da Procuradoria Geral da Rússia, Aleksander Bastrikin, anunciou nesta quinta-feira, 1, que há um suspeito em relação com a explosão na quarta-feira de uma bomba em um ônibus, que deixou oito mortos e mais de 50 feridos na cidade russa de Togliatti. "Temos todos os fundamentos para supor que essa pessoa, com ou sem intenção, cometeu ações que provocaram a explosão no ônibus", disse Bastrikin, citado pela agência Interfax. O investigador afirmou que se concluiu que o suspeito, cuja identidade não foi revelada, estava no ônibus no momento da explosão. "Sem comentários", disse Bastrikin ao ser perguntado se a pessoa investigada tinha morrido ou sofrido ferimentos com a explosão. De acordo com o chefe do Comitê, a Polícia encontrou na casa do suspeito uma "série de elementos, como pedaços de cabo de alumínio e pequenos pregos, que foram achados nos corpos dos mortos". O jornal Kommersant antecipou na edição desta quinta a hipótese de que o atentado no ônibus de Togliatti possa ter sido realizado por um grupo nacionalista. Bastrikin comentou que por enquanto não confirma a versão de alguns noticiários sobre a possibilidade de a explosão no ônibus ter sido um ataque suicida. "Pode haver duas explicações: que se trate de um ataque terrorista por diferentes motivos, não necessariamente de caráter nacionalista, ou manipulação imprudente de substâncias que com o movimento do ônibus puderam ter provocado a explosão", acrescentou. Segundo a publicação, os analistas informaram que essa bomba era muito parecida com a detonada por três nacionalistas russos em um mercado moscovita em agosto de 2006, que matou dez pessoas e deixou mais de 50 feridos.