25 de junho de 2012 | 16h34
O ministro de Relações com o Parlamento, Piero Giarda, anunciou a convocação dos votos de confiança sobre vários artigos da legislação, para encurtar a avaliação parlamentar do pacote que foi apresentado pelo gabinete de ministros em março.
Três das votações serão realizadas na Câmara dos Deputados na terça-feira, e a votação final, e aprovação definitiva da reforma, deve acontecer na quarta-feira.
A expectativa é de que Monti conseguirá a aprovação das reformas, já que os principais partidos que apoiam o governo tecnocrata prometeram votar a favor das medidas, embora muitas vezes a contragosto.
Se o governo perder uma das votações, Monti teria de deixar seu cargo, mas essa possibilidade é considerada apenas teórica.
O secretário nacional do partido Povo da Liberdade (PDL), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi Angelino, Angelino Alfano, disse que o PDL discorda "em grande medida" da reforma e que essa seria "a última vez que apoiamos medidas sobre as quais não estamos convencidos".
A legislação propõe flexibilizar as restrições de demissões, desencorajar o uso de contratos temporários e gradualmente oferecer auxílio-desemprego a mais pessoas.
A reforma foi criticada por sindicatos que temem um aumento no número de demissões, por empregadores preocupados com o aumento de custos trabalhistas, e por muitos economistas que dizem que ela só contemplará medidas marginais a um mercado de trabalho rígido que necessita de uma reformulação radical.
(Reportagem de Gavin Jones)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.