
20 de novembro de 2010 | 14h22
Citando autoridades de segurança da Alemanha, o periódico semanal Der Spiegel disse que um jihadista que vive no exterior informou, em ligações telefônicas recentes, sobre um plano para militantes armados entrarem e abrirem fogo na construção do século 19 localizada no centro de Berlim. Segundo a revista, a polícia considerou a informação crível.
A Agência Federal de Crime da Alemanha não tinha comentários imediatos sobre a reportagem.
A informação, disse a revista, fez as autoridades anunciarem um aumento de segurança na quarta-feira, especialmente em lugares públicos como aeroportos e estações de trem.
O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, disse na quinta-feira que as autoridades estão preparadas contra ameaças de um ataque armado, como o que matou 166 pessoas na cidade de Mumbai em 2008.
O edifício do Parlamento tem forte importância simbólica na Alemanha. Em 1933, um incêndio criminoso no local destacou as medidas nazistas para assumir o controle completo do país. A imagem do soldado soviético colocando uma bandeira vermelha sobre suas ruínas, em 1945, é considerado por muitos o fim da Segunda Guerra Mundial.
O prédio foi formalmente restaurado, junto com o Poder Legislativo alemão, pouco após a reunificação de 1990, e é visitado diariamente por centenas de pessoas que caminham por sua abóbada de vidro e observam os debates.
O jihadista, de acordo com a Der Spiegel, disse que o grupo de militantes seria composto de até seis pessoas. Duas já haviam chegado a Berlim e outros quatro, incluindo um alemão, um turco e um norte-africano, estariam a caminho.
A Alemanha mantém um contingente de forças no Afeganistão e já foi alvo de ameaças em sites jihadistas.
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