29 de outubro de 2012 | 12h39
O Ta Nea dedicou 10 páginas à lista de contas que supostamente possuíam cerca de 2 bilhões de euros até 2007, uma soma que incomodou os gregos prejudicados por medidas de austeridade, irritados com os privilégios dos políticos e com uma elite vista como tendo enriquecido às custas do país.
A lista, dada à Grécia por autoridades francesas em 2010, contém os nomes de 2.059 gregos titulares de contas do HSBC na Suíça a serem investigados por possível evasão fiscal.
A relação foi apelidada de "Lista Lagarde" em homenagem a Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, que era ministra das Finanças francesa quando a lista foi entregue.
O jornal de centro-esquerda, argumentou que, apesar de publicar a mesma lista divulgada pela revista semanal Hot Doc, não estava chegando a quaisquer conclusões sobre "o seu conteúdo, nem as conotações que evoca em grande parte do público".
O jornal não informou por que tinha decidido republicar a lista e enfatizou que não há provas ligando qualquer um na lista à evasão fiscal.
Costas Vaxevanis, editor da "Hot Doc", primeira a publicar a lista, iria aparecer perante o tribunal nesta segunda-feira sob acusação de contravenção. Ele pode pegar até dois anos de prisão se for condenado.
A revista diz que a lista, que inclui figuras políticas e empresariais bem conhecidas, foi enviada de forma anônima e as autoridades não confirmaram se a relação era autêntica.
Autoridades gregas disseram que não há evidências de que as pessoas incluídas na lista violaram a lei, mas os ex-ministros têm estado sob críticas nos meios de comunicação gregos por não investigarem a lista de suspeitos de sonegação.
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