
23 de fevereiro de 2012 | 16h04
"Depois da guerra, a maior parte da comunidade era formada por refugiados, sobreviventes, almas humilhadas que haviam perdido sua família e algumas vezes até mesmo a fé", disse à Reuters o homem de 62 anos, em uma sala de estar luxuosa decorada com obras de arte modernas e fotografias da família.
"Agora, essa geração se foi e a comunidade tem o dobro do tamanho, mas 90 por cento dela vem da ex-União Soviética. Se não fosse pelas novas chegadas, a sinagoga estaria vazia", disse o rabino nascido em Israel.
A experiência de Ehrenberg reflete como a vida dos judeus se transformou na Alemanha com a chegada de cerca de 200 mil judeus da ex-União Soviética nos últimos 20 anos.
A emergência de uma nova geração, ansiosa em participar das atualidades da sociedade alemã, provocou a abertura de bares de 'bagel', restaurantes judaicos, escolas e sinagogas em cidades como Berlim, Munique e Dresden na última década.
Com sua imagem modernosa atraindo os jovens, Berlim também se tornou popular entre os israelenses. Há cerca de 20 mil morando na cidade.
(Por Madeline Chambers)
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