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Koehler é reeleito presidente da Alemanha em vitória de Merkel

Por ERIK KIRSCHBAUM
Atualização:

Horst Koehler, ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi eleito neste sábado para um segundo mandato de cinco anos como presidente alemão por uma assembléia federal especial no Reichstag, sede do parlamento. Koehler, apoiado pelos cristãos democratas da chanceler Angela Merkel e seus aliados conservadores, conquistou a maioria absoluta em primeiro turno. Ele obteve 613 votos em uma assembléia com 1.224 cadeiras para ocupar o cargo cerimonial de chefe de Estado da Alemanha. Esse era exatamente o número do qual ele precisava para vencer. A vitória em primeiro turno de Koehler, de 66 anos, dá um importante ânimo aos conservadores de Merkel antes das eleições parlamentares de setembro, nas quais ela buscará um segundo mandato de quatro anos. Os presidentes alemães não têm poder político real, mas antigos ocupantes do cargo, como Richard von Weizsaecker, transformaram a presidência em uma autoridade moral para o país, gerando reflexão e debate em seus discursos. O partido de Merkel lidera as pesquisas de opinião pública para as eleições de setembro, mas não sabe se continuará com a chancelaria devido a uma complexa matemática na coalizão. A assembléia é dividida entre 612 membros do parlamento e outra metade de delegados enviados pelos 16 Estados do país. Koehler, ex-vice-ministro das Finanças pelo partido União Democrática Cristã (CDE), deixou em 2004 o cargo de diretor-geral do FMI para concorrer a um posto que supostamente está acima da política partidária. Ele é o nono presidente alemão do pós-guerra e o quarto a conquistar a reeleição. Adversário de koehler na disputa, Gesine Schwan--reitor universitário apoiado pelos Social Democratas--teve 503 votos. Schwan, também derrotado por Koehler por estreita margem em 2004, esperava atrair votos dos conservadores para vencer ou pelo menos forçar segundo e terceiro turnos.

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