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Kremlin considera improvável adoção de sanções contra o Irã

Governo russo também nega ter enviado mísseis de defesa aérea S-300 à República Islâmica

Por Efe
Atualização:

O assessor de política externa do governo da Rússia, Sergei Prikhodko, afirmou nesta quarta-feira, 28, que sanções contra o Irã são altamente improváveis no futuro próximo. Além disso, o vice-premiê russo, Sergei Ivanov, afirmou que a Rússia ainda não enviou à República Islâmica os mísseis de defesa aérea S-300.

 

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Prikhodko parafraseou o presidente russo, Dmitri Medveded, e disse que "as sanções raramente alcançam o resultado desejado, mas em alguns casos são inevitáveis". O assessor disse que a Rússia está preocupada com a falta de transparência sobre o programa nuclear iraniano e o possível agravamento das relações do Irã com a comunidade internacional, mas lembrou que a oferta feita a Teerã para que enriqueça urânio no exterior, para diminuir a desconfiança sobre seu polêmico programa nuclear, ainda está de pé.

 

Sobre isso, segundo informou a imprensa iraniana, o representante do país na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Sultaniye, tornará público na quinta-feira, em Viena, a resposta de Teerã à proposta de enriquecer 80% do urânio pouco enriquecido no exterior.

 

Segundo o acordo, a Rússia seria encarregada de enriquecer o urânio iraniano em 20% e o enviaria à França, onde seria transformado em barras. O acordo obriga o Irã a entregar seu urânio com uma riqueza de 3,5% à Rússia em troca de urânio russo para ser utilizado como combustível no reator em Teerã.

 

Pelos cálculos dos analistas, o Irã armazena 1,5 mil quilos de urânio enriquecido na planta de Natanz, no centro do país, dos quais deveria entregar 1,2 mil quilos. Para produzir uma bomba atômica são necessárias duas toneladas do material enriquecido a 90%.

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